A deriva, Câmara de Avaré vem sendo conduzida pelo Poder Judiciário
Última sessão foi paralisada porque vereadores não sabiam quem seria o 13º vereador.
Se colocar nessa conta o quanto custa o parlamento para o cidadão avareense, o resultado da equação é uma vergonha. 11 senhores e senhoras, eleitos para representar o município e ser um norte político para a comunidade, não conseguem ao menos manter o elementar trabalho legislativo. Nesta última sessão camarária, após uma solenidade para homenagear uma faculdade, os trabalhos foram abruptamente paralisados.
Há meses os parlamentares de Avaré dão uma literária lição de incompetência e desarranjo político. A situação é tão séria que não se sabe ao certo quem deve ser o presidente e muito menos quem teria o direito de ocupar uma das cadeiras, isso depois que a justiça mandou cassar o mandado de um parlamentar.
Nessa última ordinária, ocorrida nesta segunda-feira, 24, o vereador ou sabe-se lá, ex-vereador, Jairinho do Paineiras ocupou o assento que deveria, por determinação judicial, ser de seu suplente, Moacir Lima, ambos do PTB. Esse foi o motivo da interrupção da sessão.
O barco está a deriva e sem capitão, com isso, a Câmara Municipal vem sendo conduzida pela justiça local, fato. Várias questões que caberiam aos vereadores são decididas pelo judiciário, como a determinação de uma nova eleição da mesa diretora, autorização para recontratar assessores demitidos, suspensão de eleição da mesa, ordem para reconduzir ex-presidente ao cargo e ordem para cassar mandato de edil. Essa última ainda não foi cumprida.
A crise no Parlamento é grave. Ninguém sabe o que pode acontecer. Quem deve ser o presidente ou quem deve ser vereador. Recentemente todos os vereadores da teórica oposição, faltaram à sessão, em protesto contra intervenções e derrotas jurídicas na Casa.
Até mesmo leis aprovadas pela atual composição, são alvos de questionados de legitimidade por parte da Justiça. São tantas as intervenções judiciais que ficaria uma matéria gigantesca de fossemos detalhar uma a uma, isso somente nesse ano corrente.
Enquanto o leme parlamentar está nas mãos do Poder Judiciário (curiosamente muito parecido com o cenário nacional), a população mais politizada fica no mesmo barco que estão os vereadores, a deriva, sem norte, no entanto a que se questionar: justifica a fortuna mensal consumida por essa derivante embarcação parlamentar?
Após homenagens à Faculdade Eduvale, sessão camarária de Avaré foi paralisada abruptamente
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