José Antonio Gomes Ignacio Junior

A RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA

Dr. José Antonio Gomes Ignacio Junior
José Antonio Gomes Ignacio Junior

A RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA

Dr. José Antonio Gomes Ignacio Junior
A RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulistaA RADICALIZAÇÃO INOPORTUNA - sudoestepaulista

Tudo que o Brasil não precisa neste momento são preocupações além do COVID-19, que afetará drasticamente a economia, sem contar as vidas que levará. As manifestações populares ocorridas em 19 de abril pedindo “intervenção militar”, volta do “AI-5” entre outras pautas radicais, não poderiam ser mais inoportunas. Nosso país precisará da união nacional para recuperação econômica, cujo PIB para 2020 deve ficar abaixo de 2%.

Embora a Constituição Federal garanta o direito à liberdade de expressão, o cidadão não pode se furtar a responsabilidade, ao bom senso, no momento de saber o que revindicar. Daqueles que foram as ruas ontem, poucos se lembram em quem votaram para deputado estadual, federal ou senador, mas cobram dos que exercem democraticamente o mandato eletivo conduta afinada com a do nosso Presidente da República, como se toda razão estivesse no Palácio do Planalto, esquecendo que, na democracia não há unanimidade, que o sistema de freios e contra pesos é que garante a estabilidade do estado.

Como o número de manifestantes pelo Brasil foi muito modesto, é compreensível que representem pífia parcela da população, ainda simpática à censura, a suspensão dos direitos e garantias fundamentais, a mitigação das liberdades etc., efeitos próprios dos anos de chumbo. Talvez estejam saudosos. O que não se mostra compreensível é o Presidente da República, discursar para um pequeno grupo desses manifestantes, em frente ao Quartel-General do Exército, elogiando o ato com frases de efeito, como “eu estou aqui porque acredito em vocês”. No momento em que o mundo se retrai para conter a pandemia, ver o chefe do executivo federal elogiar manifestação públicas, que não deveriam acontecer pela aglomeração, pautada no radicalismo esquizofrênico da supressão das garantias do artigo 5º da Constituição Federal, é de se lamentar.

O Brasil precisa de pacificadores, de políticos dispostos ao diálogo, a fim de sanar o prejuízo (material e moral) imensurável deixado por administrações passadas. Não tem espaço neste momento para incendiários, que a pretexto de defender a pátria, alimentam a discórdia e a divisão.  Bolsonaro foi eleito por expressiva parcela da população, que depositou nele, a esperança de um Brasil limpo, justo e principalmente, democrático, longe dos regimes sombrios como da Venezuela, porém, caso se deixe embriagar pelo poder, alinhando sua conduta a pequenas falanges de pessoas que tem memória curta, se mostrando até ingênuas, que acham que o mundo se resume na polarização  entre o bem e o mal, corre o risco de não terminar seu mandato, porque a história nos mostra os efeitos do isolamento politico com viés populista, como de Fernando Collor. Não se iludam os que propalam a utilização do artigo 142 da Constituição Federal para uma atuação aguda das Forças Armadas na vida política, pois entre suas funções está a garantia da lei e da ordem, não seu rompimento.

José Antonio Gomes Ignacio Junior

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *