A Secretaria Municipal da Saúde de Avaré afirma que tem enfrentado um verdadeiro desafio para acompanhar o crescimento do número de atendimentos no Pronto Socorro (PS) de Avaré e apresenta os números, de fato, impressionantes.
De acordo com a pasta, só nos três primeiros meses de 2025, o PS registrou 36.926 atendimentos, com janeiro somando 10.705, fevereiro com 11.723 e março batendo o recorde com 14.498 atendimentos.
Mas onde está o problema? Um pouco é culpa da morosidade no diagnóstico feito nos Postos de Saúde, utilizados tão somente como encaminhamen tos e vacinas e, talvez o principal, a população vai onde os médicos estão. Em Avaré, os médicos acessíveis, estão no Pronto Socorro.
Se chegar em uma UBS com uma gripe forte ou muito doente, será levado para o Pronto Socorro, onde estão os médicos e estrutura para o atendimento.
Sem contar que a USB trabalha com agendamento, mas as doenças não funcionam assim. Nenhuma moléstia agenda o ataque com sua vítima.
Consoante com a Saúde da atual administração, profunda conhecedora do problema, diga-se de passagem, o crescimento mês a mês acende um alerta: em março, houve um aumento de 35% em relação a janeiro, evidenciando a pressão constante sobre a estrutura da saúde municipal.
Segundo a coordenação do Pronto Socorro, o aumento expressivo se deve a surtos de dengue, doenças respiratórias e maior procura por atendimento emergencial.
Entre os dias com maior movimento em março, destaque para os dias 6 (507 atendimentos), 7 (506), 8 (514), 11 (471) e 18 (543).
Já em abril, somente nos primeiros dias do mês, o volume segue alto: dia 1º (569 atendimentos), dia 2 (530) e dia 3 (539), demonstrando que a tendência de alta continua.
Diante desse cenário, e incapaz de resolvê-lo, a Secretaria pede que a população procure as Unidades Básicas de Saúde (UBS) sempre que possível. Fato: se os responsáveis querem que o doente vá à UBS, então coloque os médicos na UBS, coloque equipamentos na UBS, mas o gargalo já vem na nomenclatura “Unidade Básica.”
Em tempo, se a atual administração não mostra uma solução para o problema, ao menos não o esconde, como ocorreu em administrações recentes.