O município de Avaré sempre foi e ainda é abençoado com uma rica fauna e flora, apesar do desmatamento e caça desenfreados. Animais resilientes como Lobo-Guará, Jaguatirica, Onça-Parda, Tamanduá-Bandeira, Cervídeos e Símios, ainda embelezam não somente Avaré, mas todo nosso Sudoeste Paulista, graças as matas ciliares, poucos remanescentes particulares e áreas estaduais de preservação como a Estação Ecológica Avaré, ajudam a preservar nosso inestimável patrimônio ambiental.
Entretanto, a falta de conhecimento do ser humano e sua maldade inegável, provoca em muitos o medo e torna o convívio um problema sério que resulta em perseguição e matança, completamente insana e injustificável. Um dos mantras de nós ambientalistas: conhecer para preservar.
Nos últimos meses, devido a expansão imobiliária, moradores próximos a áreas de mata têm relatado medo pelo avistamento constante de uma família de Suçuaranas, que vivem entre o Horto Municipal e a Estação Ecológica do Estado.
Segundo o apurado pela reportagem do ambientalista Portal do Sudoeste Paulista, trata-se de um macho, uma fêmea e um filhote que por motivos casuais são vizinhos dos pavorosos humanos que ao menor sinal de medo, matam. Não querem esse tipo de vizinho.
Para piorar a situação, muitos estão infernizando as autoridades para que tomem providências, pois temem pela segurança dos moradores, aumentando ainda mais o problema.
Onças-Pardas ou Pumas, estão sendo exterminados em nossas rodovias e seu habitat cada dia mais, está dando lugar a pastagens e à agricultura. Nós humanos, somos a espécie invasora.
Então fica a pergunta: o que nós humanos queremos? Viver sós nesse planeta?
Quando ao “perigo” que a bela e injustamente perseguida espécie provoca a nós humanos indefesos e inocentes, basta uma simples e rápida pesquisa no Google para entendermos a básica genealogia do belíssimo animal que chamamos de Suçuarana, Puma, Leão da Montanha e até de Leão Baio e Onça Parda.

Um município que sempre recebe a visita do felino é Cerqueira César. Nesse caso, um filhote resgatado em 2024
Apesar de não ser nem leão, muito menos onça, acerta no alvo que o chama de Puma. Cientificamente falando, a onça-parda (Pumaconcolor) é o segundo maior felino das américas. Se trata de um mamífero carnívoro, da família dos felídeos (Felidae) e gênero Puma, nativo da América. Ao contrário da onça, a onça-pintada que é do gênero Pantera.
A suçuarana tem comportamento solitário e terrestre, com hábitos diurnos e noturnos. O Puma não emite rugidos, nem esturros, mas sim uma vocalização igual ao miado de um gato doméstico.

Onça parda acuada no fundo de um corredor de uma residência, em Cerqueira César. Esse caso aconteceu em 2023
Ataques de onça-parda a humanos são extremamente raros na literatura, pois os animais geralmente evitam o contato com pessoas. No entanto, já houve casos de ataques, como em Pernambuco e em Goiás, mas nada grave e nenhuma morte em toda a história dessa difícil convivência que ao contrário do temor dos mais ignorantes, quem morre é sempre o felino, quando em contato com o humano, malvado e desprovido de conhecimento.
O caso mais grave que vítima humana, ocorreu no sertão de Pernambuco, onde uma agricultura foi mordida na perna esquerda, porém sem gravidade.

Onça atropelada na SP-255, em Avaré, sendo atendida em estado grave, no CEMPAS em Botucatu, em 2023
O que fazer se encontrar uma onça-parda?
• Mantenha a calma
• Não corra
• Respeite a natureza
• Evite gritar ou fazer sons agudos
• Recue lentamente, dando passos lentos e seguros para trás
• Não vire as costas para a onça
O que fazer para evitar incidentes?
• Evite se aproximar
• Mantenha animais de criação e domésticos em locais resguardados e próximos a áreas bem iluminadas à noite

Onça parda foi registrada numa reserva particular no Vale do Ribeira, onde vivem com um pouco mais de segurança