“Minha Nossa Senhora! Olha o tamanho disso!” Assim exclamou a dona de casa, moradora no Bairro Novo Horizonte, em Itaí, ao se deparar com uma Jiboia no quintal de sua casa, na segunda-feira, 28.

A mulher mesmo muito assustada fez o certo e chamou o Corpo de Bombeiros que de pronto foi ao resgate das vítimas, tanto animal como humano. Em tempos cruéis não muito distantes, a cobra teria morte certa, mesmo sendo inofensiva ao humano pois não é peçonhenta, ou seja, não é venenosa.

Segundo relatos da mulher que mora nos arredores do perímetro urbano, próximo ao recinto da prova do laço, o susto foi imenso, pois além de um adolescente, tem um filho de 6 anos e uma cachorrinha que costumam brincar naquele local. Mas, de novo, Jiboia não representa perigo a humanos e a animais domésticos.

Segundo o biólogo e colaborador do Portal do Sudoeste Paulista, Thiago Godoi, são vários os fatores que podem atrair uma cobra para o quintal de casa, mas ele ressalta que não é normal cobras do tamanho da Jiboia entrar em residências.

“Temos algumas espécies que se alimentam de pequenos invertebrados, como pererecas e lagartixas, mas são as pequenas, como a cobra verde.” Explica o biólogo.

Deslocamento atrás de alimento, procura por abrigo, queimadas, desmates e até roçadas e limpezas de terrenos baldios podem fazer com que os répteis se desloquem a acabem por entrar em um quintal, conta Thiago.

Cobras do porte da Jiboia, se alimentam basicamente de roedores e aves e são mais encontradas em árvores, como no caso registrado recentemente em Cerqueira César. Elas predam sus vítimas por asfixia, por estrangulamento, como fazem as famosas sucuris. Veja vídeo do resgate abaixo.

Para evitar tais visitas indesejadas, Thiago diz que se a residência for aberta, muro baixo por exemplo, não tem muito o que fazer se o imóvel está localizado no limite urbano e vizinho de área rural.

“É aconselhável evitar criar locais onde ela possa parar ou que possa se abrigar o alimento dela (ratos). Evitar entulho, restos de madeira, acumulo de lixo e demais acúmulos de materiais.” Conta Thiago.

Nesse caso registrado em Itaí, o biólogo confirma que se trata de uma Jiboia, espécie não venenosa e que é um animal de temperamento tranquilo. Raramente ataca algo que não possa engolir, mesmo em situações em que são acuadas, simplesmente por que não possuem peçonhas.

Em vez de deixar a última dica, o biólogo preferiu deixar uma reflexão sobre visitas de répteis: “se tem a presa, sempre vai ter o predador.”