Isso ocorre com frequência no perímetro urbano de nossas cidades. Muitos preferem destruir, matar, outros com empatia, se preocupam e deixam, outros conseguem ajuda para a remoção de ninhos de pássaros que escolhem nossas casas para nidificar e criar sua prole.

Com a demanda descrente de autoridades ambientais levando crias até o CEMPAS, em Botucatu, o Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP, primeiro explica que a unidade não é especializada para esse tipo de caso.

O CEMPAS atua exclusivamente no atendimento a animais silvestres em situações de risco, como animais feridos, vítimas de maus-tratos ou filhotes órfãos.

O CEMPAS não recebe maritacas ou quaisquer outras aves saudáveis retiradas de seus ninhos à força. Essa prática constitui crime ambiental!

Então o que é o correto a fazer?

Conforme os veterinários da unidade, se houver um ninho de maritacas, andorinhas, no forro de sua residência, a recomendação é aguardar até que os filhotes cresçam e deixem o ninho naturalmente. Após isso, o forro pode ser fechado para evitar a formação de novos ninhos.

No caso de empresas, indústrias, onde o imóvel possa ter uma torre, é possível que corujas suindaras possam nidificar no local. É preciso atenção. Não mexer sem auxílio de autoridades ambientais.

Lembre-se: a remoção de filhotes ainda no ninho compromete seriamente suas chances de retorno à natureza. A criação manual prejudica seu desenvolvimento social, dificultando a busca por alimento e a defesa no ambiente selvagem.

Se seu imóvel não estiver tomado por ninhos, dezenas delas há muito tempo, não preocupe, não haverá infestação de insetos.

“A conservação é responsabilidade de todos!” Ressalta o Centro de Medicina Animal.