Fim de ano: acidentes não podem participar das festas
As férias estão chegando e os dados do ano passado não são para comemorações. Especialista fala sobre a tecnologia que garante estradas mais seguras.
Entre o Natal e o Ano Novo de 2020, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizou 863 acidentes, 1.278 pessoas feridas e 91 mortes nas estradas. Isso sem falar ao longo do ano, em que no mesmo ano, 80 pessoas por dia morreram em consequência do trânsito. Esses números exorbitantes podem ser evitados com educação no trânsito e tecnologia, e as duas soluções caminham juntas.
Daniel Schnaider, especialista em tecnologias para a segurança no trânsito, ressalta a importância de soluções que contribuam com a prevenção de acidentes e deixa o alerta principalmente às empresas que mantêm suas frotas operando nesse período de festas.
Além de uma boa educação, a tecnologia pode alcançar uma redução significativa no panorama abordado. A Internet das Coisas (IoT), softwares, plataformas, aplicativos, inteligência artificial e outros diversos serviços, são capazes de mitigar os acidentes com controle e feedbacks que podem salvar vidas.
Schnaider explica todas as vantagens da IoT, a partir de um hub instalado no veículo, como um item de prevenção, e ressalta que cada vez mais vê esse recurso como obrigatório, assim como o cinto de segurança.
Prevenção
– Driver feedback: curvas perigosas, distancias inseguras, ultrapassagens irresponsáveis. O comportamento dos motoristas deve ser monitorado. A tecnologia pode emitir alertas nesses casos, melhorando a dirigibilidade dos motoristas.
– Manutenção: todos sabem que a revisão anual é o melhor negócio. Mas existem situações que pegam as pessoas desprevenidas. Por isso que, com um dispositivo acoplado, é possível escanear constantemente o veículo e descobrir preventivamente, defeitos que trarão situações de risco e custos inesperados.
– Rotas: o caminho mais curto é atrativo, porém, as condições das vias podem ser um prato cheio para acidentes. A IoT pode fazer esse trabalho pelo motorista e indicar a via que tem melhor infraestrutura, ou seja, a mais segura.
Acidente
Apesar de toda a tecnologia, o fator humano ainda é crucial. Uma vez que a colisão aconteceu, Schnaider chama a atenção para o pós-acidente e como a tecnologia também é eficiente nestes casos.
– Tempo de resgate: esse fator é o mais importante, afinal, quando demorado pode ser a causa do óbito pós acidente. A tecnologia, quando detecta a ocorrência, pode já acionar o resgate e até passar um panorama da gravidade. Desta forma, o atendimento é agilizado e os equipamentos de resgate corretos estarão às mãos.
– Causa do acidente: muitas vezes levam-se dias ou meses para chegar à conclusão do que causou uma tragédia. Demanda investimento público e tempo de funcionários que muitas vezes precisarão voltar ao local e obstruir a via para investigar o que ocorreu. Os dispositivos instalados nos carros podem detectar imediatamente o motivo do acidente, reconstituir a situação e chegar a uma conclusão com mais rapidez.
Daniel Schnaider: CEO da Pointer by Powerfleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas. Integrou a Unidade Global de Tecnologia da IBM e a 8200 unidade de Inteligência Israelense. Especialista em logística, tecnologias disruptivas, economista e autor da obra “Pense com calma, aja rápido”.
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