Homem que visitou Itapeva e Itaporanga é o primeiro a morrer de febre hemorrágica, em 20 anos no Brasil
Secretaria da Saúde Itapeva se manifestou através de nota
Um morador de Sorocaba morreu em decorrência de complicações causadas pela febre hemorrágica. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde na segunda-feira (20).
A pasta confirmou o caso de febre hemorrágica brasileira causada por contaminação do arenavírus. É a primeira vez em 20 anos que a doença é registrada no país.
E o que isso tem a ver com a região? Segundo o Ministério da Saúde, o morador viajou para Itapeva e Itaporanga, locais prováveis de infecção.
A vítima é um homem de 52 anos. A Secretaria Municipal da Saúde não divulgou o nome dele. Importante ponderar que a origem da contaminação não está confirmada.
Na tarde desta terça-feira, 21, a Secretaria da Saúde de Itapeva emitiu nota a respeito.
Segundo o texto, a secretária de Saúde, Karen Grube Lopez, explica que o paciente teria passado por Itapeva entre os dias 21 e 22 de dezembro para visitar seus familiares. “Ele não teve sintomas neste período, somente dia 30 de dezembro é que começaram as febres e dores abdominais, quando ele procurou assistência médica. Infelizmente, ele veio a óbito no dia 11 de janeiro”, contou.
Ainda de acordo com a nota, apenas no dia 16 de janeiro a Secretaria de Saúde de Itapeva recebeu a informação de que o homem poderia ter contraído o arenavírus. “Desta forma, entramos em contato com a família e realizamos todas as orientações necessárias na parte de higienização e primeiros sintomas. Nenhum familiar contraiu a doença e não apresenta mais riscos, pois o período de incubação é de 21 dias”, disse.
De acordo com o Ministério da Saúde, o paciente começou a apresentar os sintomas no dia 30 de dezembro e foi atendido em três hospitais de Eldorado (SP), Pariquera-Açu (SP) e São Paulo até morrer por complicações da doença no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP), no dia 11 de janeiro. Ele não passou por atendimento em Sorocaba.
O ministério está considerando o caso como um evento de saúde pública grave por conta da raridade e da letalidade da doença.
No país há registros de apenas quatro casos da doença, sendo três adquiridos em ambiente silvestre no estado de São Paulo e um por infecção em ambiente laboratorial no Pará. Todos foram contabilizados na década de 90, o último em 1999.
A doença
O período de incubação da doença é longo (em média de sete a 21 dias) e se inicia com febre, mal-estar, dores musculares, manchas vermelhas no corpo, dor de garganta, no estômago e atrás dos olhos, dor de cabeça, tonturas, sensibilidade à luz, constipação e sangramento de mucosas, como boca e nariz.
Com a evolução da doença pode haver comprometimento neurológico, como sonolência, confusão mental, alteração de comportamento e convulsão.
Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas contraem a doença possivelmente por meio da inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados.
A transmissão de pessoa a pessoa pode ocorrer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não são utilizados equipamentos de proteção, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções.
Fonte: G1
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