Uma entidade máxima quando provoca uma intervenção em uma instituição municipal, é claro e evidente que não está contente com o retorno com que os administradores não remunerados, os chamados provedores, não estão correspondendo a contento. É o que ocorre com o Lar São Vicente de Paulo de Piraju.

Se a entidade máxima já tem o poder não permitir a venda de imóveis, certamente deve ter acesso a contabilidade, da qualidade dos serviços prestados à comunidade. Se a nota enviada à imprensa não diz especificamente a real motivação da intervenção, fica a pergunta: o que está ocorrendo?

Segundo a Sociedade de São Vicente de Paulo – SSVP, em nota à imprensa, nessa tarde de quarta-feira, 8, diz tão somente que a intervenção “é exclusivamente por descumprimento de normativa interna por parte da diretoria destituída.” Mas qual normativa?

Entidade não se renova há 20 anos diz a nota. Importante destacar que isso ocorre, é natural, em todos os municípios do país, haja visto que muitos cidadãos não querem assumir o problema que é administrar entidades filantrópicas.

Está se tornando cada vez mais natural, não somente aposentados de empresas e do sistema público, mas militares da reserva assumir o “rojão” de administrar entidades como APAE, Lares de Idosos, Educandários, tamanho é o “abacaxi” e falta de gente disposta a enfrentar a causa.

Não é a corrupção a principal ou única culpada pelas decadências de algumas instituições que prestam serviços municipais. Exemplo são as Santas Casas. Não faltam casos pela região Sudoeste Paulista, de pessoas bem-intencionadas, com tempo relativamente livre e que por ocasião, assumem entidades filantrópicas e se deparam com a falta de apoio do “Estado” e com problemas maiores do que podem resolver, provocando o declínio dos serviços, sempre de grande relevância.

Diz a nota da entidade máxima que terá eleição no final do ano e isso também seria uma questão preponderante. Ser vai ter eleição no fim do ano, então por que a intervenção? Será que irão assumir em definitivo e deixar a sociedade local isenta?

Se a entidade máxima já não permite a venda de imóveis, então por que a intervenção? Estaria o Lar de Piraju endividado? A comunidade regional, principalmente a pirajuense quer saber.

Confira a nota da entidade máxima e interventora, antes porém, é importante ponderar que a maior parte da nota, de atém a atacar a imprensa e em se defender, o que seria desnecessário se o processo estivesse sendo feito a luz do dia, as claras, não abruptamente e a quatro paredes como está acontecendo na entidade pirajuense que não registra denúncias por parte da população, em nenhum aspecto.