Cabe na maioria das vezes, ao Corpo de Bombeiros e a própria Polícia Militar, a atender esse tipo assustador de ocorrência. Na região, o último caso divulgado ocorreu em Piraju, no dia 17 de março. Uma mãe em apuros, com o bebê engasgado, contou com o auxílio de uma policial militar feminina para salvar sua prole.
De acordo com o 53º BPM/I – Batalhão de Polícia Militar do Interior, era 00h56, quando uma equipe foi acionada para atender ao chamado de urgência, vindo de uma residência, no Bairro Cohab Sérgio Garcia. Tudo acabou bem.
Consoante com o Governo do SP, chamados dessa natureza são comuns no Copom e no Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom). Somente em 2024, as equipes atenderam 1,2 mil ocorrências de desengasgos de bebês e crianças em todo o Estado de São Paulo, por meio dos números de emergência 190 e 193.
Na comparação com 2023, que registrou 760 ocorrências no período, houve um aumento de 57% no número de ligações. Só nos dois primeiros meses deste ano, 188 solicitações foram atendidas.
Desengasgo por telefone
Alguns desengasgos são realizados durante a ligação pelos próprios pais da criança apenas com a orientação dos policiais, que são capacitados em treinamentos no Copom e no Cobom para auxiliar as vítimas, o que abrange recém-nascidos e até adultos.
Além de manter a calma, o ideal é que enquanto uma pessoa recebe a orientação do policial, a outra realize os procedimentos. O capitão Raphael Brito, do Corpo de Bombeiros, dá dicas sobre o que fazer caso esteja sozinho ou enquanto aguarda a chegada do socorro:
1 – Coloque a criança no seu antebraço com o tórax para baixo e fique com a mão segurando seu queixo. Depois estenda o pescoço do bebê para tentar desobstruir as vias aéreas.
2 – Com a cabeça virada para baixo, dê cinco tapas nas costas do bebê fazendo um movimento para baixo e para frente. “Não tenha medo de machucá-lo nesse momento porque o tapa precisa ser firme para retirar o objeto ou fluido”, explicou.
3 – Após realizar os tapas, vire à criança e observe se o que causava o engasgo foi expelido. Com os dedos, faça o movimento de pinça, e tente desobstruir as vias aéreas com cuidado para não empurrar o objeto ou fluido ainda mais para o fundo da garganta.
4 – Se a criança ainda não estiver respirando, coloque dois dedos entre seus mamilos e faça cinco compressões.
5 – Se a criança não voltar a respirar, repita os passos.

COPOM da PM de São Paulo