Mico-Leão-Preto - imagem: Paulo-Gil

Mico-leão-preto: o símbolo da fauna paulista que por muito pouco não perdemos para sempre

Em 28 de fevereiro, comemora-se o esforço contínuo para proteger uma das espécies mais emblemáticas do estado, endêmica de SP.
Mico-Leão-Preto - imagem: Paulo-Gil

Mico-leão-preto: o símbolo da fauna paulista que por muito pouco não perdemos para sempre

Em 28 de fevereiro, comemora-se o esforço contínuo para proteger uma das espécies mais emblemáticas do estado, endêmica de SP.
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Dia 28 de fevereiro, celebra-se o Dia do Mico-leão-preto, uma data que destaca a importância dos esforços para a conservação dessa espécie endêmica do estado de São Paulo. Considerado Patrimônio Ambiental do Estado desde 2014, o mico-leão-preto (Leontopithe cus chrysopygus) é o único primata exclusivo do território paulista e um dos maiores símbolos da luta pela preservação da biodiversidade na Mata Atlântica.

 

A espécie, que chegou a ser considerada extinta na natureza até ser redescoberta em 1970 no Parque Estadual do Morro do Diabo no Pontal do Paranapanema, região de Mata Atlântica do estado paulista mais devastada pelo agro.

 

De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), o mico-leão-preto está classificado como “em perigo de extinção”, com uma população estimada em pouco mais de mil indivíduos na natureza, distribuídos em fragmentos isolados de floresta.

 

A Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) tem liderado iniciativas para proteger e recuperar a espécie, em parceria com instituições científicas e a sociedade civil. “Uma das principais ferramentas é o Banco Paulista de Germoplasma de Animais Silvestres, mantido pelo Núcleo de Biotecnologia e Diagnóstico Clínico da Coordenadoria de Fauna Silvestre. O banco armazena amostras seminais de diversas espécies, incluindo o mico-leão-preto, utilizando técnicas de criopreservação em nitrogênio líquido a -196°C”, destacou a coordenadora de Fauna Silvestre da Semil, Patrícia Locosque.

 

Essas amostras, colhidas de animais saudáveis, passam por rigorosas análises de qualidade antes de serem preservadas. “A criopreservação permite a troca de material genético entre instituições e a manutenção de um banco de recursos genéticos para futuros programas de reprodução, essenciais para a conservação de espécies ameaçadas”, explicou a coordenadora.

 

Além disso, a Comissão Permanente de Proteção dos Primatas Paulistas (Pró-Primatas Paulistas), criada pelo Decreto 60.519/2014, tem promovido ações integradas para a proteção e recuperação do mico-leão-preto em seu habitat natural. A comissão reúne governo, cientistas e organizações da sociedade civil em torno de estratégias que incluem pesquisa científica, educação ambiental e manejo reprodutivo.

 

Contribuição para a biodiversidade

 

Os micos-leões-pretos desempenham um papel essencial na regeneração das florestas, agindo como dispersores de sementes. Sua conservação é, portanto, crucial para a preservação da biodiversidade na Mata Atlântica paulista. Com cerca de 30 cm de corpo e 40 cm de cauda, pesando em média 600 gramas, essa espécie se alimenta de frutos e insetos e vive em grupos familiares.

 

Desde 2012, as ações de conservação têm ganhado força por meio da colaboração entre diversas instituições. Técnicas de captura e estudos sobre a microbiota oral e retal dos animais resultaram em publicações científicas de impacto internacional, como no American Journal of Primatology (link para o estudo), orientado pela Dra. Patrícia Locosque Ramos, coordenadora de Fauna Silvestre da Semil. Além disso, a criação de um biobanco com amostras de DNA de oito indivíduos de vida livre tem contribuído para avanços significativos no entendimento do genoma da espécie e sua variabilidade genética.

 

Legado científico e desafios futuros

 

As pesquisas sobre o mico-leão-preto têm gerado importantes avanços em áreas como nutrição, comportamento, ecologia, genética e microbiologia. Em 2023, um estudo baseado em dados históricos de análises laboratoriais foi agraciado com menção honrosa no 1º Congresso Internacional da Associação Brasileira de Patologia Clínica Veterinária, e estabeleceu valores de referência para o manejo veterinário da espécie.

 

Apesar dos avanços, os desafios ainda são significativos. A fragmentação do habitat e o isolamento das populações exigem ações contínuas de reflorestamento e de melhoria da conectividade entre os fragmentos florestais. Além disso, a educação ambiental e o engajamento da sociedade são essenciais para garantir a sobrevivência dessa espécie única, que é considerada Patrimônio Ambiental do Estado de São Paulo.

 

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