Uma visita da equipe do Cânions Paulista a uma propriedade rural de Ribeirão Branco, chamou a atenção para um dos poucos remanescentes da velha forma de “fazer as coisas”, o que com o tempo está se acabando, desaparecendo, mas faz importante parte da tradição brasileira.
A Secretaria da Agricultura do município acompanhou junto da Fabiana, envolvida com o artesanato local, a equipe da organização não governamental que tinha como finalidade produzir uma reportagem especial sobre o desenvolvimento sociocultural de Ribeirão Branco.
Durante a estadia à propriedade, localizada no bairro Boavas, Dona Maria, que recebeu calorosamente os visitantes, diga-se de passagem, mostrou o seu local de trabalho.
Dona Maria opera um monjolo, uma estrutura que remonta aos primórdios é movida pela força da água, utilizada no processamento de grãos, especialmente milho.
De acordo com a Secretaria da Agricultura, com essa técnica artesanal, Dona Maria produz farinha, fubá e outros derivados, preservando um método histórico que faz parte da cultura rural e da identidade não somente do município, mas de toda a região Sudoeste Paulista.
Os monjolos são equipamentos rústicos que funcionam com a força da correnteza de um curso d’água, movimentando uma haste de madeira que bate os grãos em um pilão, transformando-os em farinha. Esse sistema sustentável de processar alimentos, ilustra tradição centenária do caboclo, valorizando o conhecimento popular e a agricultura familiar.
Dona Maria merece elogios e reconhecimento por manter viva essa riqueza cultural.
Em tempo, neste mês de fevereiro, a Associação Cânions Paulistas promove um ciclo de palestras intitulado “Patrimônio Cultural dos Cânions Paulistas”, com professores, pesquisadores e figuras atuantes da área na região.
Os eventos são abertos ao público e ocorrem toda quarta-feira, às 19h30, com transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal da organização.

Monjolo de Dona Maria é literalmente um patrimônio cultural vivo, em pleno funcionamento