Na quarta-feira, dia 03, a Polícia Civil desencadeou uma operação em Águas de Santa Bárbara, com o intuito de reprimir crimes ambientais em área de preservação permanente às margens do reservatório de água da PCH Ponte Branca.
A ação ocorreu em conjunto com a Equipe de Perícias Criminalísticas de Avaré, representantes da usina hidroelétrica e policiais civis de Águas de Santa Bárbara e dos municípios de Iaras e Cerqueira César.
O delegado de polícia de Iaras, Dr. Omar Zedan Vieira, coordenou a operação que tinha como foco combater a depredação e destruição em áreas de preservação ambiental, além da caça e pesca predatórias.
Durante a ação, foram apreendidos um barco e diversos apetrechos de acampamento clandestino, bem como materiais artesanais de uso em pesca.
A investigação resultou na instauração de inquérito policial pela Delegacia de Polícia de Águas de Santa Bárbara, que está em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar os envolvidos pelos crimes ambientais.
Essa operação reforça o compromisso da Polícia Civil em proteger o meio ambiente e combater atividades ilegais que prejudicam os ecossistemas locais.
A colaboração entre as diferentes instituições envolvidas demonstra a importância da união de esforços para enfrentar questões complexas como essa.
Vale ressaltar que o município é rico em fauna e flora, como também é suntuosamente banhado por rios e ribeirões. Águas de Santa Bárbara também conta com uma grande área de mata pertencente ao Governo do Estado, alvo fácil dos destruidores do Meio Ambiente, devido a falta de fiscalização.
De acordo com ambientalista, a Estação Ecológica de Santa Bárbara preserva fisionomias campestres e savânicas de Cerrado. Essas áreas possibilitam a existência de espécies raras, tanto da flora quanto da fauna. No total, já foram registradas 43 espécies ameaçadas de extinção, sendo 13 de plantas, sete de mamíferos, 19 de aves, três de lagartos e duas de serpentes.
A maioria das espécies raras ou ameaçadas ocorre nas fisionomias abertas de cerrado, reforçando o objetivo inicial pelo qual a unidade foi criada, em 1984. Destacam-se, entre essas espécies, o veado-campeiro e outros animais de grande porte, como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e a ema, praticamente, extintos no estado, mas que ainda encontram hábitat ideal na unidade.
Além da biodiversidade, são protegidas dezenas de nascentes, de modo que a estação produz água superficial de excelente qualidade. Como também, protege parte das nascentes e do leito dos córregos que alimentam a cascata do Capão Rico, cartão-postal do município de Águas de Santa Bárbara.
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Crimes ambientais estão destruindo a riqueza natural da região; em breve não sobrará mais nada, a não ser morte
