Não se engane. No final todos os políticos vão acabar aceitando. Os motivos? Parte do nosso dinheiro arrecadado vai parar nos cofres das prefeituras envolvidas e a prerrogativa é do Governo do Estado. Em audiência pública realizada no dia 27, meramente uma formalidade burocrática, os prefeitos da região se manifestaram contra, inclusive o deputado Ricardo Madalena, quem liderou o debate.
Falando no deputado, ele foi o grande “responsável” pelas últimas e péssimas obras na rodovia Raposo Tavares, no trecho em questão. Inúmeros problemas na estrutura do asfalto iam surgindo ao mesmo tempo que as obras avançavam. Atualmente o trecho é uma verdadeira colcha de remendos.
Uma ponte próxima Piraju, mesmo após a reforma da pista, estava com sérios problemas estruturais e só passou por melhorias, após grande repercussão midiática.
Nessa audiência pública foram deliberados os impactos sociais e econômicos da concessão da rodovia SP-270 – Rodovia Raposo Tavares. Das mais importantes da região Sudoeste Paulista, é a única que ainda não foi privatiza.
A concessão do Lote Paranapanema à iniciativa privada foi debatida na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O sistema rodoviário abrange 309 km e oito trechos de rodovias, incluindo a Raposo Tavares, no percurso entre Ourinhos e Itapetininga, impactando 13 municípios.
O Governo paulista prevê lançar o edital do leilão até abril deste ano. Veja gráfico abaixo.
Estão previstos três pontos de cobrança de pedágio no trecho da SP-270, que corta norte da região Sudoeste Paulista. Ao invés das tradicionais praças com cabines, o sistema ser o moderno ‘free flow’, que utiliza antenas e cobranças automática o que vai judiar de muita gente desacostumada com a tecnologia moderna. Não são poucos na região.
Mesa com prefeitos da região e no centro o deputado Ricardo Madalena
“Somos uma região sobrecarregada pelo subdesenvolvimento. O Governo precisa ser aquele que tira as cargas dos contribuintes”, declarou o prefeito de Itaí, Zé Ramiro (PP), presidente do Consórcio Intermunicipal do Alto Vale do Paranapanema (Amvapa), município que atualmente arrecada centenas de milhares por ano, através do pedágio instalado na SP-255.
Os prefeitos dos municípios impactados pelo projeto e que marcaram presença, manifestaram total contrariedade à instalação de novos pedágios, reforçando que a prioridade da região deve ser o investimento em infraestrutura, saúde e geração de empregos.
Entre os prefeitos presentes estavam Zé Ramiro (Itaí), Luizão (Ipaussu), Wilson (Bernardino de Campos), Filipe (Chavantes), Carlinhos Pneus (Piraju), Rodolfo Hessel (Paranapanema) e Cristiano Amorim (Timburi).
O Lote Paranapanema abrange os municípios de Angatuba, Bernardino de Campos, Buri, Campina do Monte Alegre, Canitar, Chavantes, Ipaussu, Itaí, Itapetininga, Ourinhos, Paranapanema, Piraju e Tejupá. O debate teve como foco a análise das melhorias necessárias para a região e os impactos da concessão rodoviária para os municípios e os usuários da rodovia Raposo Tavares (SP-270).
Lote Paranapanema – Situação atual do projeto de concessão
