O crime aconteceu em plena luz do dia, a vista de todos os vizinhos, mas ninguém se importou com a devastação, até que alguém finalmente resolveu fazer a denúncia ao ambientalista Portal do Sudoeste Paulista.
De forma tardia, diga-se de passagem, mas como diz o provérbio “antes tarde do que nunca,” um produtor rural das redondezas, indignado com a devastação, no fim dessa semana entrou em contato com a redação.
De acordo com o denunciante que tem sua identidade preservada sob direito de sigilo da fonte, contou que o maquinário pesado executou o serviço sujo, ligando o alto da fazenda até a Represa Chavantes.
O malfeitor resolveu abrir a estrada justamente em local de vegetação nativa, protegida por leis federais e estaduais. Infelizmente Fartura não tem legislação a respeito, deixando claro, a falta de atenção por parte das lideranças do município.
Milhares de árvores e arbustos de mata nativa foram derrubados para uma estrada de quilômetros que liga o alto do morro, um local de visitação turística, até as margens da represa, provocando uma maculosa cicatriz ambiental.

A quantidade de vegetação suprimida é quase incalculável, provocando destruição em cenário turístico de Fartura
É fácil notar que a propriedade tem vasta área para abrir a estrada, mas usaram justamente o local de mata.
A Fazenda Domiciana, onde ocorreu o crime é ladeada pela Monjolim, do mesmo dono e está localizada no alto do conhecido Mirante do Mazetto, entre os municípios de Fartura e Timburi.

Destruição começou no alto do morro e desceu em meio a mata, ate as margens da represa em Fartura
A propriedade é acessada pela estrada rural FAR-60, continuação da Vicinal Caieiras/Areias, há cerca de 30 quilômetros do perímetro urbano de Fartura.
Ninguém sabe dizer quando começou a destruição que infelizmente já foi consumada, como também, não se sabe quem é o dono da propriedade, matriculada no município de Timburi e que recentemente mudou de mãos.
A redação questionou a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Fartura. O coordenador da pasta, Otávio Marcos, disse à reportagem que esteve na propriedade na quinta-feira, 25, após receber durante a semana uma denúncia.

Estrada abertura e meio a mata segue até as margens da represa, ao fundo da imagem
Os fiscais encontraram a fazenda com a porteira trancada com cadeado, mas conseguiram registrar a devastação ambiental.
O crime já foi denunciado aos órgãos competentes como “supressão de vegetação nativa”.
A Polícia Ambienta de Avaré foi contatada, mas pelo que apuramos, no momento está impossibilitada de visitar o local, pois o único veiculo da unidade que atende 14 município do Sudoeste Paulista, está quebrado, aguardado verbas há tempos. Até mesmo o telefone da unidade está inoperante.

Pela imagem, leitor pode ter uma dimensão, somente nesse pequeno local, a quantia de árvores que foram derrubadas

Maquinário pesado destruindo vegetação para a abertura de uma estrada em Fartura
Respostas de 2
Tem que fazer também uma denúncia para o governo estadual para ele mandar uma nova viatura para polícia militar ambiental de Avaré-SP
Tem aplicar uma recompensa pelo crime ambiental e fazer esse dono da fazenda executar outra mata ainda maior