Entrevista Henrique Domingues representante do BRICS

Representante do BRICS visita Taquarituba para conhecer associações e cooperativas ligadas ao agro

Confira entrevista da jornalista Nathália Chagas com Henrique Domingues.
Entrevista Henrique Domingues representante do BRICS

Representante do BRICS visita Taquarituba para conhecer associações e cooperativas ligadas ao agro

Confira entrevista da jornalista Nathália Chagas com Henrique Domingues.
Representante do BRICS visita Taquarituba para conhecer associações e cooperativas ligadas ao agro - sudoestepaulistaRepresentante do BRICS visita Taquarituba para conhecer associações e cooperativas ligadas ao agro - sudoestepaulista
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Em uma iniciativa voltada para ampliar as oportunidades de desenvolvimento econômico e cultural para os municípios brasileiros, o representante dos municípios do BRICS, Henrique Domingues, visitou Taquarituba nesta terça-feira, 12 de novembro, onde se reuniu com autoridades e explicou como o bloco de países emergentes – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – pode contribuir com iniciativas que promovam a sustentabilidade econômica e a inovação nos municípios.

 

Além disso, ele enfatizou o compromisso do BRICS em apoiar o desenvolvimento de áreas estratégicas nas cidades que têm grande potencial de crescimento, mas que ainda enfrentam desafios em infraestrutura e acesso a tecnologias avançadas.

 

A região do Vale do Paranapanema é conhecida pela presença de várias cooperativas, especialmente no setor agropecuário. Durante as reuniões, Henrique Domingues também se reuniu com líderes cooperativistas para discutir formas de aprimorar a gestão dessas entidades e abrir novas oportunidades de comércio e financiamento.

 

Também ressaltou a importância de se modernizar a infraestrutura logística da região, com investimentos em transporte e armazenamento, para garantir que a produção local possa acessar mercados mais distantes, incluindo os dos países membros do BRICS. Segundo Domingues, uma das maiores vantagens dessa aproximação é justamente a criação de canais comerciais diretos com mercados estratégicos, que são grandes consumidores de produtos agrícolas.

 

Durante a visita, Domingues foi entrevistado pela jornalista Natalia Chagas, que explorou o potencial de cooperação entre o BRICS e as cidades de pequeno e médio porte da região.

 

Confira a entrevista completa:

 

Natalia Chagas: Qual é o objetivo principal de sua visita a Taquarituba e outras cidades da região?

 

Henrique Domingues: O principal objetivo da visita, do Fórum Internacional dos Municípios BRICS em Taquarituba e nas outras cidades da região, é poder divulgar a existência do Fórum, que, apesar do seu tamanho, da sua relevância, já no cenário internacional junto às grandes cidades e as capitais, ainda não é do conhecimento de todos os municípios a existência dessa nova plataforma de interação municipal. Então, é divulgar o Fórum e organizar as cidades da região para que elas possam participar de maneira efetiva e encontrar as oportunidades que o Fórum apresenta. Também apresentar as oportunidades que os municípios têm para oferecer para outras cidades, os outros empresários e universidades participantes do Fórum Internacional dos Municípios BRICS. Então, o objetivo é esse: organizar, divulgar e convidar os prefeitos, os dirigentes municipais, as empresas, os produtores rurais da região a participarem dessa grande plataforma de cooperação internacional do âmbito dos países BRICS.

 

Natalia Chagas: Como o BRICS pode contribuir para o desenvolvimento dos municípios de médio e pequeno porte no Brasil?

 

Henrique Domingues: Os municípios BRICS e vários outros municípios também desenvolvem soluções inovadoras para os problemas das cidades. Das grandes cidades, das pequenas cidades, das cidades urbanas, das cidades rurais, todos os dias. Todos os dias uma cidade cria uma nova solução para um problema velho ou novo. Então, a troca de experiências que acontece no âmbito do Fórum Internacional dos Municípios BRICS é a principal ferramenta de ajuda para que as cidades de médio e de pequeno porte no Brasil possam se desenvolver também. E a participação no Fórum faz com que as cidades se organizem entre si. Então, promover a organização dos municípios para buscar as soluções e as inovações que são criadas em outros países, em outras cidades, do mundo inteiro, é uma das maneiras com que nós podemos ajudar os pequenos e médios municípios do país.

 

Além disso, nós também podemos oferecer algumas soluções que imaginamos que possam vir a ser interessantes, porque nós temos uma série de parceiros que desenvolvem tecnologia, que desenvolvem ciência, que desenvolvem soluções para gestão pública, ou seja, cidades, universidades, empresas, que podem também oferecer soluções tecnológicas, soluções do século XXI para os problemas das cidades e oportunidades de desenvolvimento, na verdade, não apenas as grandes cidades, como também as cidades de pequeno e médio porte do Brasil e dos outros países do mundo que trabalham conosco. Hoje são mais de 40 países com quem a gente dialoga diretamente, e mais de 100 países com quem a gente, através das Embaixadas, nos países BRICS, desenvolve e estabelece relações diplomáticas, econômicas e de cooperação internacional.

 

Natalia Chagas: Quais setores da economia local e regional podem se beneficiar mais das parcerias com o BRICS?

 

Henrique Domingues: Os BRICS desenvolvem iniciativas nos mais diversos setores da economia, de maneira geral, por assim dizer. Então, sem sombra de dúvidas, os principais setores da economia local e regional podem se beneficiar das parcerias com o BRICS, ou seja, não apenas os principais setores, como os setores secundários da economia regional e municipal. Andando pela cidade (Taquarituba), eu percebi que a vocação é para o agronegócio, para a agroindústria, para a agropecuária. A agropecuária, eu entendi que é bastante acentuada, e entendi o papel econômico que esses setores têm na economia regional e na economia municipal. Então, o nosso Fórum tem condições de estabelecer parcerias no sentido, por exemplo, do intercâmbio de tecnologias para produção das máquinas agrícolas, no intercâmbio de tecnologias para a otimização do crescimento das plantações, das culturas, do intercâmbio de métodos e técnicas entre os agricultores dos países BRICS, bem como também ajudar a encontrar novos parceiros comerciais, abrir a oportunidade, novos mercados internacionais, fazer com que a nossa produção brasileira possa atingir outros patamares. A produção dos pequenos, médios e grandes produtores, das pequenas, médias e grandes cidades, podem atingir outros mercados, outros patamares de reconhecimento internacional. Então, essas são algumas das possibilidades que existem no Fórum Internacional dos Municípios BRICS, e que ano após ano, durante a realização dos nossos eventos e do nosso processo organizativo, que acontece durante todo o ano, a gente acaba identificando e promovendo o desenvolvimento de iniciativas como essa.

 

Natalia Chagas: O senhor vê oportunidades de transferência de tecnologia e inovação entre os países do BRICS e cidades menores como Taquarituba?

 

Henrique Domingues: De fato, o modelo de cooperação internacional que se desenvolve no âmbito da iniciativa dos países BRICS, prevê, na maioria das vezes, o intercâmbio de tecnologias, e não apenas o estabelecimento de uma relação internacional de produção, para que o país possa aprender e iniciar o desenvolvimento de tecnologias mais avançadas, baseadas nas tecnologias já existentes, não apenas seu próprio país, mas em outros países. Então, é perfeitamente possível que exista oportunidade de transferência de tecnologia e inovação para as cidades aqui da região. Como eu falei na minha reunião com o Prefeito de Taquarituba, Éder Miano, e como eu falei na entrevista para a rádio Nova Voz, em Fartura, também existe o desenvolvimento de uma tecnologia russa de processamento de lixo, que tem como grande objetivo, além de limpar e dar sequência aos resíduos, também produzir energia elétrica limpa, o que pode ser uma tecnologia útil tanto para uma prefeitura, para o município, como para uma grande refinaria de cana-de açúcar, por exemplo. E esse é o tipo de tecnologia que existe a possibilidade de trazer da Rússia para o Brasil, e também existe a possibilidade que os desenvolvedores brasileiros de tecnologia aprendam com essa tecnologia e passem a desenvolver as próprias tecnologias brasileiras, para que toda essa produção se nacionalize. Então, um dos nossos grandes projetos é esse, e existe a possibilidade que esse tipo de coisa aconteça, portanto.

 

Natalia Chagas: Para os prefeitos e lideranças locais que buscam parcerias internacionais, quais seriam os passos fundamentais para estreitar os laços com os países do BRICS?

 

Henrique Domingues: Para os prefeitos e prefeitas das cidades menores, que têm interesse em participar desse tipo de atividade internacional, existem diversos caminhos. Existem caminhos que podem ser menos efetivos, e caminhos que podem ser mais efetivos, mas a grande sugestão que eu posso dar para os prefeitos, é que eles se organizem nos consórcios regionais de municípios e nas associações estaduais de municípios. Então, no caso de Taquarituba, por exemplo, o prefeito deve fortalecer a sua atuação junto ao consórcio dos municípios da região, bem como o consórcio dos municípios da região deve fortalecer sua atuação junto aos municípios que compõem esse consórcio, porque um consórcio forte vai fazer com que os municípios tenham mais voz diante das grandes cidades, as organizações internacionais, e também a aproximação da Associação Paulista dos Municípios, no caso aqui dos municípios paulistas, porque a Associação Paulista tem também essa característica de ajudar a representar e dar mais voz para os municípios de pequeno e médio porte. Então, se organizar nas associações e nos consórcios, e também ter a iniciativa própria de colocar na pauta cotidiana da prefeitura, por menor que seja o município. Se a prefeitura tiver a diretriz de desenvolver o trabalho de relações internacionais, então será possível com que a prefeitura estabeleça relações, se aproxime de potenciais parceiros e encontre soluções tecnológicas e inovadoras para os problemas que acontecem no município, por menor que ele seja. Então, a vontade também deve partir da prefeitura, de participar desse tipo de evento, dessa possibilidade de políticas internacionais também muda muito, além da organização nas associações e nos consórcios.

 

A visita de Henrique Domingues reflete a importância de fortalecer a diplomacia municipal e o desenvolvimento integrado. Com oportunidades de investimento, transferência de tecnologia e fortalecimento da economia local, Taquarituba compreende a necessidade de lutar para estar entre os municípios que se beneficiarão com parcerias internacionais promovidas pelo BRICS.

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Natalia Fernanda das Chagas
Tecnóloga em Marketing
Jornalista
Assessora de Comunicação da Prefeitura de Taquarituba

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