Em um evento promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, no último dia 8, ao lado do empresário petista e arrependido, diga-se de passagem, Rubens Ometto, o governador Tarcísio de Freitas, ao ser questionado sobre sua dúbia posição política pelo jornalista Willian Waack, respondeu de forma pragmática, causando ainda mais incertezas quanto a que lado de fato está, o novato na política e velho no setor público.
Considerado por muitos formadores de opinião como um mero tecnocrata, Tarcísio tem patinado em seu posicionamento. Parece se esguiar da política propriamente dita e não somente isso, promessas feitas durante a campanha, sumiram dos discursos nada eloquentes, todavia técnicos do governador que semeia desconfiança junto a seu eleitorado paulista.
O departamento de comunicação da Secretaria de Segurança Pública foi terceirizado e encontra-se em estado completo de procrastinação. A PM começa a ser monitorada por câmeras, provando a sua desconfiança na corporação. Obras? Joga tudo para a iniciativa privada.
Mas o que mais arranca arrepios da Direita, é o fato de que Tarcísio, após um ano e meio, ainda não conseguiu limpar a TV Cultura, paga com dinheiro público, de uma bancada jornalística que não fala de escândalos da extrema-esquerda, mas até hoje, bate na direita conservadora, se tornando de forma escancarada um vetor de opinião política, não de informação.
O pensador que não pensa, Luiz Carlos Pondé, encabeça essa lista de indivíduos que usa a emissora para vender o caríssimo amor de Lula, e disseminar e alimentar o ódio pela Direita.
Quanto a região Sudoeste Paulista, Tarcísio de Freitas, prometeu durante a campanha olhar para a região, considerada por ele a mais pobre do estado mais rico da federação, no entanto, até agora nada, a não ser o andamento de projetos da gestão anterior, no mais, só conversa e migalhas.
Quando tira a bunda do suntuoso Palácio do Governo, é para visitar a própria capital, participar de eventos em cidades de grande porte e viagens ao exterior. Visita ao Sudoeste Paulista, até agora nada. O mais próximo que chegou, foi em Botucatu.
Há sim, em tempo, é preciso ponderar uma ação do governo na região. Em Avaré, a Sabesp iniciou recentemente um “estudo” na cidade a fim de elaborar um projeto para futuras obras de combate a enchentes. Mas não se iluda, é somente e tão unicamente no intuito de ajudar a sua efêmera base política em Avaré, que por sinal, está despedaçada.
Se Tarcísio de Freitas insistir na tecnocracia e não agir como manda a política, preferindo rezar para o diabo e acender velas para deus, pode acabar se queimando, mesmo ante um bom governo. Se nem Jesus conseguiu contentar a todos, não será ele que irá conquistar esse feito.
Ao temer um posicionamento de Direita ou de Extrema-Esquerda e tentar barganhar com os opostos, o político eleito graças ao prestigioso apoio de Jair Bolsonaro, apesar de se mostrar um bom administrador, também escancara seu maior defeito, a falta de capacidade de liderar, de ser um líder.