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Inusitada a tragédia quando olhamos pelo lado parental. No Corolla de Arandu, mãe e filha e na ambulância de Manduri, mãe e filho. O acidente ocorrido na SP-245, nesta quarta-feira, 2, assombrou a família regional.
Outro fato que chama a atenção nesse triste episódio é a ambulância, um veículo utilitário adaptado. Uma verdadeira gambiarra da indústria automotiva. Com a batida o compartimento onde estava a grávida se desprendeu, parando a vários metros da pick-up.
As quatro vítimas foram sepultadas sob forte comoção nesta quinta-feira, 3.
A professora Maria Aparecida Pereira Rosa, 64 anos (deixa esposo e dois filhos) e sua mãe, Ledubina Ribeiro da Silva, 87 anos, (6 filhos) foram enterradas no Cemitério Municipal de Arandu, as 10h.
Cristina dos Santos Nunes Carneiro, 29 anos, e seu bebê Arthur Miguel Nunes Carneiro, após despedida dolorosa, foram sepultados as 13h, no Cemitério Municipal de Manduri.
A grávida que estava se preparando para o nascimento do filho, seguia para Avaré, onde iria realizar exames para o parto.
De acordo com o Boletim de Ocorrência, o sinistro foi provocado por uma tentativa de ultrapassagem. No local, km 02 da SP-245 – Rodovia Antônio Salim Curiati, a sinalização permite essa manobra.
Conforme o descrito no documento, autoridades da polícia judiciária estiveram no local e constataram que a ambulância transitava normalmente pela via, sentido Avaré, quando o veículo Toyota Corola, em sentido contrário, saiu para uma ultrapassagem, porém ao visualizar que não conseguiria, tentou desviar o veículo para o centro da pista. Sem tempo para reação, a ambulância colidiu transversalmente com o veículo de passeio.
Desprendimento do compartimento adaptado para a pick-up servir como ambulância, chama a atenção para o perigo desse tipo de gambiarra bem a estilo brasileiro