No final de abril a Câmara Municipal de Itaporanga cassou o mandado do então prefeito Douglas Benini e empossou em seu lugar o presidente do parlamento, Fábio Benini. Todavia, em menos de 60 dias e há poucos meses das eleições municipais, os vereadores agora querem trocar novamente o prefeito e eles mesmos elegerem, em escrutínio indireto, o alcaide que irá comandar o município até o fim do ano.
De autoria da Mesa Diretora, o Projeto de Resolução 012/2024, que trata sobre a forma com que os políticos vão lidar com a situação, estabelecendo regras e diretrizes para que possa ser convocada a eleição indireta, foi aprovada nesta terça-feira, 25, pela Comissão de Legislação e Justiça da Casa de Leis.
Está marcada para esta quinta-feira, 27, uma sessão extraordinária que irá votar a resolução e assim, se aprovada, uma data para a eleição indireta será marcada, com prazo para ser realizada em no máximo 90 dias.
O precedente jurídico colabora a farra política. Na última decisão envolvendo esse tipo de circunstância, ocorrido em 2011, no pequeno município de Ararendá, Estado do Ceará, a ministra do STF, Carmem Lúcia, autorizou a realização da eleição indireta, há cerca de 8 meses antes das eleições daquele ano.
Para a reportagem do Portal do Sudoeste Paulista, o atual prefeito, Fábio Benini, alega perseguição política.
Segundo Fábio Benini, primo do prefeito cassado, a situação se desenrola ele por estar tentando ajustar a situação caótica, herdada de seu antecessor, “estou fazendo tudo certo, acabando com os vícios, com as coisas erradas e com isso a população e os funcionários estão apoiando, o que está incomodando grupos políticos,” declarou o prefeito que diz ter o apoio popular “só que o povo não quer essa eleição indireta e estão certos é um prejuízo muito grande para o município.”
Ex-presidente da Câmara, Fabio Benini, foi empossado como prefeito de Itaporanga, no final de abril e pode acabar com o mandato mais curto da conturbada história política do município
