A quarta sessão ordinária realizada nesta segunda-feira, 25, na Câmara Municipal de Taquarituba, começou com uma extensa sabatina de Kleberson Gomes de Camargo, coordenador da Educação do município. Após as explanações do convidado, o tema proeminente da sessão foi a tragédia ambiental que gera forte comoção em todos os setores da comunidade local.
O coordenador municipal do Meio Ambiente, Gabriel Soldera, foi convocado para a próxima sessão, para falar sobre a devastação da “Mata do Eugênio”, morada de muitos animais silvestres.
O primeiro a falar sobre o drama, foi o vereador Marcos Antônio Soldera (PP). Rapidamente ele citou a multa aplicada, em cerca de R$ 2.9 milhões e mencionou a falta de um projeto adequado para que a mata nativa fosse manejada.
Em sua vez, o edil Maurício Reginaldo (PP) disse que o coordenador Gabriel autorizou o desmate de árvores isoladas, o que não é sustentável quando se trata de Mata Atlântica e questionou a lisura da autorização por parte do coordenador de Meio Ambiente.
Thiago Grasselli de Oliveira (PV) disse que vereadores visitaram durante a semana passada, a Cetesb e a Polícia Ambiental em Avaré, para tratar sobre o tema que tem gerado forte comoção na cidade.
Segundo o vereador, na Cetesb, foram informados que não é de competência de quaisquer órgãos públicos municipais, autorizar limpeza ou manejo em área de Mata Atlântica. Thiago salienta que a autorização é ilegal, uma tristeza.
O êxodo de animais silvestres foi lembrado pelo edil que ressalta que o Ministério Público está atuando na tragédia, a maior que assolou o município desde o assombroso tornado de 2013. “Estamos empenhados, estamos realizando levantamentos sobre o problema”, disse Thiago.
O presidente da Câmara, Ricardo Alexandre de Almeida (PV), foi o que mais falou sobre a tragédia, “eu vejo a grande tristeza, a imagem de Taquarituba que está sendo levada nos últimos dias para o mundo. Essa supressão de vegetação nativa. Teve alguns ambientalistas que entraram em contato e a gente vê a situação da cidade. Eu encontrei um policial ambiental que comentou comigo informalmente. Acredito que para nós da Câmara, é um dever olhar para essa situação.”
Ricardo de Almeida quer que comissões pertinentes debatam o busquem detalhes sobre o problema e que culpados sejam identificados. Lembrando que até o momento, a Prefeitura de Taquarituba não se manifestou oficialmente sobre a criminosa destruição do que resta de mata nativa no município.
O médico e presidente da Câmara, Ricardo Alexandre de Almeida, falou da tristeza em ver Taquarituba sendo manchete pela destruição ambiental, mundo afora
O coordenador do Meio Ambiente do município, Gabriel Soldera, foi convocado a estar na próxima sessão de Câmara, para falar sobre a devastação da Mata do Eugênio
População tem se organizado e cobrado das autoridades, ações para “reparar” a tragédia ambiental que assola Taquarituba